29 outubro, 2015

Projeto sociocultural do Itaú "Leia para uma criança"


É digno de nosso aplauso o projeto da Fundação Itaú Social "Leia para uma criança". Além da veiculação de comerciais — aliás, belíssimos comerciais — que incentivam o compartilhamento de histórias infantis, o projeto ainda distribui gratuitamente livros infantis para pais e educadores. Para receber os livros, basta entrar no site do projeto, preencher o fomulário e esperar a entrega pelos correio.
Não precisa nem ter conta no banco. Tudo de graça mesmo!




Clique aqui e visite o site oficial do projeto.

E você? Já leu para uma criança hoje?



06 outubro, 2015

Estórias ainda infantis para crianças modernas


As pessoas dizem que hoje em dia "o tempo voa", sendo um reflexo e uma consequência disso o aceleramento do desenvolvimento intelectual das crianças, a ponto de se dizer também que "quase já não há mais infância", pois os nossos pequeninos "já nascem muito sabidos".
Bem, sabemos que o tempo não acelera nem diminui. O que ocorre é que a intensidade dos acontecimentos hoje é muito maior do que tempos atrás, especialmente quando a vida de rural para urbana — analisando a longo prazo — e, ainda mais determinante, depois da disseminação dos meios de comunicação em massa, dentre os quais destacam-se a televisão, o telefone móvel e a internet. Desta maneira, como se não bastasse a nossa vida pessoal já ser mais intensa — dado os compromissos modernos — estamos mais próximos uns dos outros, pelos noticiários e redes sociais, compartilhando experiências. Logo, uma criança contemporânea absorve mais conteúdo em dois anos do que muitas pessoas, no passado, acumulariam em uma vida inteira.
A questão proposta é:

— Ainda há espaço para a contação de estórias infantis para as crianças modernas?

Claro que sim, mas a dinâmica deve ser outra, moderna e mais sofisticada.
Se as crianças de hoje são mais informadas e desenvolvidas do que as das gerações pretéritas, a arte de contar histórias também deve acompanhar essa evolução, sendo que o se vê de mais saliente nessa mudança toda é o comportamento mais participativo dos pequenos ouvintes: os baixinhos atuais não se contentam apenas em serem mera plateia, passiva e fria; eles são ousados, atrevidos, questionadores e — por que seria diferente? — "engolem" tudo que escutam.
E isso é muito bom — para todos!
Quero compartilhar com todos vocês o vídeo seguinte, pelo qual eu pude tirar algumas deduções:


Ali estavam o meu filho Allan (3 anos) e eu, juntos, viajando numa aventura nova.
E o que se vê é ainda a criança "acreditando" nos personagens (ainda que consiga perfeitamente distinguir a pessoa real, o pai, e o personagem, o Capitão América).
Vê-se também, pelo acompanhamento do olhar, que a criança visualiza o cenário fictício do mundo criado para a estória (o avião, a explosão etc.).
No entanto, a criança quer interagir com o enredo. Quando ela interrompe o narrador e faz perguntas, ao mesmo tempo está querendo "meter a sua colher na sopa", palpitar e mudar o rumo da prosa (meu filho, nesse caso, criou o fogo), participando do desenvolvimento da narrativa.
Conquanto já consiga trabalhar seu intelecto (haja vista a criança às vezes duvidar dos eventos contados, ou mesmo apontando a ilógica dos eventos surreais), a criança ainda é muito suscetível às emoções impressas pelo contador de histórias. Se ele dramatiza bem os eventos, a criança "viaja" nesse reino encantado e se diverte — ainda que vá, mais tarde, "mexer as catracas do cérebro" tentando raciocinar os eventos, tanto que, não raro, num outro momento mais tarde, o pequenino vá fazer indagações do tipo "isso é de verdade?...", comparando a estória contada com os acontecimentos reais da vida.
O melhor de tudo é que crianças participativas assim, certamente, serão ótimos contadores de estórias.
Então, mais do que nunca, a arte de contar estórias infantis está em voga e sempre estará, modernizando-se e tornando-se mais sofisticada e divertida.
A propósito, você já contou alguma estória para uma criança hoje?

Visite o site Conta Contos e acesse nosso acervo de histórias.